No interior de Goiás, por trás de um centro histórico muito visitado, a cidade de Pirenópolis, nos traz uma história de um garimpo fundado em 1927, por Manoel Rodrigues Tomás. Garimpeiro, chefe submetido ao importante bandeirante Anhaguera, foi designado a região de Goiás com a missão de descobrir novas jazidas de ouro. Começando como Arraial dos garimpeiros, a cidade que levou o primeiro nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, cresceu com suas atividades de mão-de-obra ligadas a escravos negros e índios, em prol do sacrifício pelo tão visado ouro.
Marcada por escravidão, autoritarismo, violência e com uma exuberante quantidade de ouro, às margens do rio Almas, a cidade cresceu em torno da Igreja Matriz, que exibe toda a sua beleza até os dias atuais. A região dos Pirineus, que ainda conta toda a sua história através das arquiteturas antigas, serve de sede para uma economia altamente turística, tendo o seu centro tombado pelo IPHAN, com sua estrutura centenária.

Imagem da Igreja Matriz no centro histórico de Pirenópolis.
Após o Século XVIII, houve uma grande crise na exploração do ouro, abrindo as portas para a agricultura novamente, como atividade principal. Dessa forma, apesar da mudança das rotas comerciais, a cidade continuava a se desenvolver, com crescimento urbano até o século XIX, onde foi palco de uma estabilidade econômica e cultural.
Ao passear pelas belas construções e desfrutar do lazer proporcionado pela cidade hoje turística, grande parte de seus apreciadores não imaginam da real carga histórica que a cidade realmente nos traz. Aproveitar do que nos conta uma parte da história do nosso estado, se torna hoje, um privilégio.




