O filme Ainda Estou Aqui de Walter Salles resgata a dor da ditadura militar, provocando reflexões sobre a memória histórica e suas cicatrizes no Brasil atual.
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, tem tocado profundamente o público e recebido muitos elogios pela crítica. A história é sensível e trata das feridas deixadas pela violência do Estado durante a ditadura militar no Brasil. O filme acompanha a dor de Eunice Paiva, que perdeu seu marido, Rubens Paiva, ex-deputado federal, que foi assassinado pelo regime militar em 1971. A obra revive um momento triste da história brasileira e provoca reflexões importantes sobre as feridas ainda abertas no país, lembrando o sofrimento de tantas famílias que viveram sob o regime militar.

Reflexões e Impactos
Em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos (IHU), o historiador Fernando Seliprandy destacou a importância do filme no cenário político atual, em que a extrema direita tem ganhado força no Brasil. Ele explicou que Ainda Estou Aqui é um filme fundamental, pois traz à tona a dor das vítimas da violência do Estado e, ao fazer isso, nos ajuda a lembrar e entender o passado. Para ele, filmes como esse são essenciais, pois a memória histórica precisa ser preservada, principalmente quando as histórias das vítimas ainda são ignoradas ou esquecidas.
Seliprandy também observou que o filme não apenas conta as atrocidades do passado, mas também nos faz refletir sobre o que acontece hoje. O Brasil ainda vive com as marcas dessa violência, e muitas vezes o país tem dificuldade em enfrentar esse passado doloroso. “Reconhecer a história é fundamental para curar as feridas da sociedade”, afirmou o historiador, destacando que só podemos construir um país mais justo quando somos capazes de olhar para os erros cometidos no passado e aprender com eles.

Preservando o passado
Em tempos em que o debate sobre justiça e memória ainda é forte, Ainda Estou Aqui não apenas homenageia Rubens Paiva e sua família, mas também reforça a importância de manter viva a história para que os erros do passado não se repitam. O filme de Walter Salles vai além de uma simples história de sofrimento; ele também educa, emociona e nos desafia a enfrentar as cicatrizes que o Brasil ainda carrega.
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Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

Jornalista formada pela Unialfa e pós-graduada com especialização em cultura e turismo, sou apaixonada por livros e filmes de romance. Além disso, sou uma amante de natação e ecoturismo, sempre em busca de novas aventuras e histórias que ampliem meus horizontes e inspirem minhas narrativas.