Fluminense e Boca Juniors estão a um jogo do título da Libertadores e prometem uma batalha épica pela conquista da América
Após 15 anos, o Fluminense terá novamente a chance de conquistar o título inédito da Libertadores, e mais uma vez, diante de sua torcida, no mítico estádio do Maracanã no Rio de Janeiro. O tricolor das laranjeiras enfrentará um dos times historicamente mais temidos da América do Sul, o Boca Juniors (ARG) que se vencer, irá igualar o Independiente (ARG), como o maior vencedor do torneio, com sete títulos. O confronto acontecerá às 17h do dia 04 de novembro (sábado) e é esperado um grande duelo por todos os amantes do esporte bretão.
Histórico das equipes em finais
O tricolor carioca tenta curar a ferida deixada pela perda do título na final disputada em 2008 contra a LDU (EQU), na ocasião, as finais ainda eram disputadas em jogos de ida e volta, e o Flu saiu derrotado por 4 a 2 no estádio Casa Blanca em Quito, e foi para o jogo de volta com a obrigação de no mínimo marcar 2 gols de diferença para levar a disputa para os pênaltis ou 3 gols de diferença para ganhar no tempo normal.
A situação da equipe carioca já era difícil, e depois de sair atrás no placar, aos 8 minutos do 1º tempo, ficou à princípio: quase uma missão impossível. Mas o time não desistiu e foi valente, e em uma noite épica de Thiago Neves, o jogador conseguiu marcar um hat-trick (recorde histórico da competição: único jogador a marcar 3 gols em uma final) e o Tricolor conseguiu igualar o placar agregado: 5 a 5.
A grande decepção
E após o resultado persistir na prorrogação, a disputa foi para os pênaltis, e em uma noite iluminada, o goleiro da equipe equatoriana: José Cevallos conseguiu defender 3 pênaltis, inclusive o de Thiago Neves, e a LDU sagrou-se campeã inédita da Libertadores em pleno Maracanã, calando a imensa torcida tricolor presente no estádio e se tornando a primeira equipe equatoriana a conquistar a América.
Já o Boca Juniors, tem um dos melhores históricos possíveis na competição, a equipe Xeneize já conquistou a América 6 vezes e é o segundo maior vencedor da competição, sendo campeão nos anos de: 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007. E tem a incrível façanha de ter disputado 11 finais, sendo essa, a sua 12ª final. Além de ser conhecido, como um dos maiores “carrascos” das equipes brasileiras na história do torneio.
Caminho até à grande final
A caminhada do tricolor das laranjeiras foi bastante árdua até chegar à grande final, na fase de grupos acabou caindo no chamado: ”grupo da morte”, com River Plate (ARG), Sporting Cristal (PER) e The Strongest (BOL). E obteve excelentes resultados, com direito a um histórico 5 a 1 no River Plate, e se classificou em primeiro lugar no Grupo D.
Nas oitavas de final, enfrentou o Argentinos Juniors (ARG), o jogo de ida em Buenos Aires, acabou sendo um confronto dramático e com as duas equipes com um jogador a menos, o Flu conseguiu arrancar um empate nos minutos finais do jogo. No jogo de volta, no Rio de Janeiro, o tricolor conseguiu vencer o jogo com 2 gols na reta final da partida, e se classificou para as quartas de final.
A estrela de um artilheiro brilha novamente
Era esperado um confronto, entre Flamengo e Fluminense, no qual certamente protagonizariam o maior Fla-Flu da história. Mas o rubro-negro carioca acabou frustrando as expectativas, após ter sido eliminado pelo Olímpia (PAR), então o Flu teria pela frente a equipe paraguaia.
O tricolor acabou transformando o confronto em dois jogos relativamente ‘fáceis’, na ida no Rio, o tricolor dominou o Olímpia e venceu por 2 a 0, com gols de André e Cano, e na volta em Assunção a equipe foi letal e venceu novamente, dessa vez por 3 a 1 de virada, com dois gols de Cano e um gol de John Kennedy, resultando num placar agregado de 5 a 1, e garantindo a vaga na fase semifinal do torneio.
O milagre de Porto Alegre
Nas Semifinais, o Flu enfrentou o Internacional, e as equipes brasileiras acabaram fazendo dois jogos incríveis, dignos de uma semifinal de Libertadores. A ida no Maracanã acabou sendo um duelo emocionante, o Flu abriu o placar, mas no fim do 1º tempo, a equipe teve um jogador expulso e o Inter passou a dominar o jogo, e virou a partida. Mas o tricolor não desistiu, e com um belo gol de Cano, a equipe empatou o jogo no fim.
Na volta no Beira-Rio, o Inter abriu o placar no início do jogo e passou novamente a dominar o Flu, o colorado desperdiçou várias chances incríveis de matar o jogo. E como aquele famoso ditado: ”Quem não faz, leva” nunca falha, em poucos minutos o tricolor conseguiu uma virada épica no fim e venceu por 2 a 1, com gols de John Kennedy e Cano e se classificou à final.
A insistência do Boca com os pênaltis
Já a equipe argentina, acabou caindo num grupo relativamente ‘fácil’, com Deportivo Pereira (COL), Colo-Colo (CHI) e Monagas (VEN), e se classificou sem sustos, em primeiro lugar do Grupo F. No mata-mata os xeneizes conseguiram a incrível façanha de vencer todos os confrontos nas disputas por pênaltis, com um grande destaque para o goleiro da equipe: Sergio Romero, que defendeu seis cobranças de pênalti nas penalidades máximas.
Nas oitavas de final, passaram pelo Nacional (URU), nas quartas de final pelo Racing (ARG) e eliminaram Palmeiras nas semifinais em pleno Allianz Parque, e chegam à final sem ter vencido um jogo sequer na fase de ‘mata-mata’, feito inédito na história da competição. Em seis jogos, foram seis empates, com três gols marcados e três gols sofridos.
Expectativas para o jogo
Os jogadores comandados por Fernando Diniz, chegam à final com certo favoritismo, pelo bom futebol apresentado nos jogos anteriores e fator ”casa”, pois o jogo será no Maracanã. E time xeneize, tem como fator positivo o seu incrível histórico na competição, conhecida por ser uma equipe extremamente difícil de ser batida.
Além disso, teremos o embate de grandes jogadores, Germán Cano (artilheiro do torneio com 12 gols), André, John Arias e John Kennedy pelo lado do Flu. E pelo lado do Boca temos destaques como, Sergio Romero, Exequiel Zeballos, Miguel Merentiel e o badalado craque: Edinson Cavani. Esperamos um grande jogo, afinal, é uma final de Copa Libertadores da América, e as duas equipes fizeram por merecer estar na decisão, e por fim, que prevaleça aquela famosa máxima do futebol: ”Que vença o melhor!”.